quem somos

Ana Bigotte Vieira (PhD) licenciou-se em História Moderna e Contemporânea (ISCTE). Especializou-se nas áreas da Cultura e Filosofia Contemporâneas (FCSH-UNL), e em Estudos de Teatro (UL). Entre 2009 e 2012 foi Visiting Scholar no Departamento de Performance Studies da NYU New York University /Tisch School of the Arts. A sua tese de Doutoramento NO ALEPH, para um olhar sobre o Serviço ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1984 e 1989 recebeu uma Menção Honrosa em História Contemporânea pela Fundação Mário Soares. Esta investigação incide sobre o papel performativo dos Museus de Arte Moderna, centrando-se nas transformações culturais por que Portugal passa após a entrada na União Europeia – e o modo como estas encontram no corpo um terreno particular de expressão.

Investigadora do IFILNOVA, integra o grupo Cultura, Poder e Identidades do Instituto de História Contemporânea onde co-organizou com Luís Trindade e Giulia Bonali o ciclo Quando Foram os Anos 80?, e o grupo de Teoria e Estética das Artes Performativas Contemporâneas do Centro de Estudos de Teatro.

É co-fundadora e curadora da plataforma baldio | Estudos de Performance, e dramaturgista em teatro e em dança tendo trabalhado, entre outros, com Raquel Castro e Mariana Tengner Barros, Manuel Henriques, Romeu Costa, Miguel Castro Caldas e Bruno Bravo, Gonçalo Amorim. Recebeu um Dwigth Conquergood Award na Performance Studies international #17, Utrecht. Integra a Associação BUALA onde edita a secção Jogos Sem Fronteiras. Juntamente com Sandra Lang (CH) tem organizado uma série de eventos discursivos e performativos em torno da relação entre arte e política: 16 beaver Group (NYC), Spielart (Munchen),Corner College (Zurich),SDC /Trienal de Arquitectura (Lisboa-Marselha).

Traduziu vários autores, sobretudo de teatro e filosofia, como Mark Ravenhill, Annibale Ruccello, Spiro Scimone, Luigi Pirandello, Giorgio Agamben e Maurizio Lazzarato.

Presentemente desenvolve com o coreógrafo João dos Santos Martins um projecto de historicização colectiva da dança em Portugal “Para uma timeline a haver”, que tomará a forma de uma instalação/exposição acompanhada por um ciclo de debates e performances.

Ana Mira (PhD) é investigadora, performer, coreógrafa e teórica de dança e filosofia. Completou o doutoramento em filosofia/estética na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova de Lisboa, como investigadora convidada do Centre for Research in Modern European Philosophy (Londres) e bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia, em 2014. Completou o mestrado em filosofia/estética, na mesma universidade, em 2008 e a licenciatura em Animação Sociocultural na Escola Superior de Educação Jean Piaget, em 2004.

Fez uma extensa formação em práticas somáticas e dança contemporânea em Portugal (C.E.M. – Centro em Movimento, Fórum Dança) e no estrangeiro (Independent Dance, Movement Research, entre outros), da qual destaca os ensinamentos de Steve Paxton, Lisa Nelson, Eva Karczag, Sofia Neuparth, Peter Michael Dietz e Howard Sonenklar. Colaborou como performer com Pauline de Groot (Amesterdão 2003), Russell Dumas (Liverpool 2004) e Rosemary Butcher (Londres 2011-2015) .

Os seus últimos trabalhos coreográficos foram At Once/Solo Performance Commissioning Project – Deborah Hay (Teatro Maria Matos, Lisboa 2010, numa co-produção DGArtes, TMM e FIAR), Três Estudos para Shihtao (Teatro Camões, 2007) e Dueto (Festival Alkantara, 2006). Escreveu The feet understand: o filme ABCDEFG, de Russell Dumas (1994) (Sment e Journal for Dance and Somatic Practices, no prelo), Corpos escutando, na dança (Relógio d’Água, no prelo) e Asas e voo: um documento sensível (Universidade Lusíada, no prelo). Tem leccionado práticas somáticas, dança contemporânea, história e estudos de dança e laboratório de dança e filosofia no Independent Dance/Trinity Laban Conservatoire of Music and Dance (UK), Faculdade de Motricidade Humana, Escola de Dança do Conservatório Nacional, ESTAL, Evoé – Escola de Actores, C.E.M., Fórum Dança, Balleteatro (PT), Experiencia Danza (ES) e Dans Studio Pauline de Groot (NL). Foi investigadora visitante da Tisch School of the Arts/New York University, Movement Research e New York Public Library of the Performing Arts (USA) e SenseLab (CA) como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian (2007) e do Dans Studio Pauline de Groot (NL) como bolseira do Gabinete de Relações Culturais e Internacionais/Ministério da Cultura (2002).

É investigadora associada do colectivo baldio | estudos de performance, da Lam Tai Chi Chuan Association/Master Lam Kam Chuen e do IFILNOVA – Instituto de Filosofia da Nova/Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa.

Ana Riscado (Évora, 1982) é produtora cultural e actualmente frequenta o mestrado em Antropologia das Culturas Visuais, na FCSH-UNL.

É licenciada em Comunicação Organizacional (ESCS, Lisboa | 2000-2004) e formada em Gestão e Produção Cultural. Em Londres (2008-2009) frequenta a European School of Economics e colabora com estruturas independentes de agenciamento e edição.

Entre outras colaborações (Mundo Perfeito, Materiais Diversos, OPTEC/Pedro Costa, Stage One), a sua experiência profissional ganha relevância na Produção Executiva de 4 edições do evento bienal Alkantara Festival (2008-2014) – com destaque para os projectos com Patrícia Portela (PT/BE), Vladimir Miller (RU/AUS), Dood Paard (NL), STAN (BE) e Tim Etchells (UK); e Gestão e Coordenação do Espaço Alkantara.Participa desde 2011 no projecto do colectivo BERLIN (BE) “Lisboa, Projecto Septimontium”.

Em 2013 é convidada a participar no encontro IETM (International Network For Contemporary Performing Arts), em Atenas, para o qual contribui no debate sobre Teatro Documental. Em 2014 foi responsável pela produção de um projecto de co-criação entre alunos de Arquitectura Paisagista da Uni.Évora e jardineiros do Hospital Júlio de Matos, para a criação de um jardim e horta sustentáveis no Espaço Alkantara. Em 2015 colaborou no ciclo “Quando Foram os Anos 80”, uma iniciativa do IHC/FCSH em parceria com vários museus de Lisboa.

Fernanda Eugénio (PhD)  é antropóloga e artista. Dirige o AND_Lab | Arte-Pensamento e Políticas da Convivência e integra o baldio | estudos de performance. Trabalha com escrita, performance, imagem e proposições site-specific.

É pós-doutora (ICS/UL, 2012), doutora e mestre (Museu Nacional/UFRJ, 2006 e 2002) e formada em Dança (EAV-RJ). Nos últimos 15 anos foi professora titular/adjunta (IUPERJ-UCAM e PUC-RJ) e professora visitante em diversos programas (inter)nacionais (UFF, UNI-Rio, UDESC, FAP, UFBA, Técnico- Dança/CE, SODA/HZT-Berlin, Univ. Chile, YUNA B.Aires, Hemispheric Institute NYU, San Art Vietnam etc). Em paralelo, derivou do quadro acadêmico estrito rumo a uma pesquisa singular dos usos artísticopolíticos da etnografia como interface performativa e circunscritiva para a criação e a convivência. Entre 2009 e 2013, colaborou com João Fiadeiro, com quem fundou o AND_Lab – que desde 2014 tornou-se numa plataforma autónoma dedicada a desdobrar o Modo Operativo AND: abordagem éticoestética para a com-posição e a mediação de relações que vem sendo desenvolvida por Eugenio desde 2006.

Cria deambulações e performances (in)visíveis/situadas, sozinha e em colaboração com Gustavo Ciríaco, com quem tem viajado pelo mundo com o projeto City Lab. No Rio, integra O Pavão Popular, cartografado pelo Rumos Dança Itaú Cultural. Tem publicado em diferentes países e se apresentado em festivais, museus, galerias e residências no Brasil, Europa, EUA e Ásia.

Joana Braga  é investigadora e arquitecta. É doutoranda no ISCTE-IUL a desenvolver a tese “Geografias do comum: práticas de imaginação e reinterpretação do espaço urbano em cidades europeias (2000-2015)”, que incide sobre o Comum Urbano como lugar de reprodução, procurando explorar formas de desenho, ocupação e performatividade de espaços da cidade que traduzem formas de estar e fazer em comum, produzem subjectividades fundadas no ser-com e tornar-se-com (Nancy 1991, 30) e implicam inevitavelmente coexistência, negociação e conflito.

Licenciada em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (2005), conclui em 2012 na mesma instituição o curso de Estudos Avançados em Arquitectura Bioclimática e Restauro Ambiental.

É curadora e editora do baldio | estudos de performance, tendo sido co-curadora do ciclo de eventos ‘Em Reunião: das reuniões como práticas performativas | das práticas performativas como reuniões’ no Teatro Maria Matos (Lisboa, Março 2014).

Frequentou o Curso de Desenho da Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual entre 1999 e 2002. Desde 2004 colabora com ateliers de Arquitectura e de Artes Visuais, dos quais destaca o atelier Bugio e a colaboração com Leonel Moura.

Paula Caspão (PhD) é investigadora, docente, dramaturgista e artista interdisciplinar, trabalha no cruzamento das artes coreográficas com outras áreas do conhecimento; interessam-lhe as políticas e as economias afectivas da percepção, do pensamento, do movimento e do discurso.

Concluiu doutoramento em filosofia/epistemologia na Universidade de Paris-10 em 2010, e é investigadora de pós-doutoramento em estudos de performance no Centro de Estudos de Teatro da Universidade de Lisboa, como bolseira da FCT; é investigadora integrada no Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. É professora convidada na Danish National School of Performing Arts, em Copenhaga, e no Master de Coreografia do Centre National Chorégraphique de Montpellier. Facilita workshops de dramaturgia e de práticas discursivas, coreográficas e performativas através da Europa e Austrália.

Juntamente com Bojana Bauer, Ivana Müller e Joachim Hamou desenvolve actualmente INSTITUT, um grupo experimental de actividades críticas e artes performativas com base em Paris. Colaborou com os coreógrafos João Fiadeiro, Petra Sabisch, Alix Eynaudi, Anne Juren, Agata Maszkiewicz, Valentina Desideri, Zoë Poluch, Linda Luke, Hellen Sky. Os seus trabalhos encontram-se publicados internacionalmente em antologias de artes coreográficas, filosofia e performance; é autora do livro Relations on paper (2013), e editora de The Page As a Dancing Site (2014).

Ricardo Seiça Salgado (PhD)  é antropólogo, performer, investigador integrado do CRIA – UM (Centro em Rede de Investigação em Antropologia – Universidade do Minho) e director artístico do projecto BUH! onde realiza as suas produções artísticas. A sua área de investigação cruza antropologia, política, teatro e educação. Realiza agora o seu pós-doutoramento pelo CRIA, como bolseiro da FCT.

É autor de vários textos para conferências, revistas especializadas, exposições, edições fotográficas, performances teatrais. É editor e curador participante do baldio | estudos de performance e deu aulas na ESTAL. Doutorado em Antropologia da Educação no IUL-ISCTE, incorporando a área dos estudos performativos, escreve a tese: “A Política do Jogo Dramático. CITAC: estudo de caso de um grupo de teatro universitário” e realiza um filme documentário sobre o contexto de estudo, “Estado de Excepção. CITAC: um projecto etnohistórico (1956/78)”.

Pós-graduado em “Culturas e Discursos Emergentes: da crítica às manifestações artísticas”, na FCSH e “Estado do Mundo” – FCG, e em Antropologia_ “Património e Identidades”, no IUL-ISCTE. É licenciado em Antropologia na FCTUC em 2000. Como diretor artístico, investigador-coordenador e performer, desde 1995, fez vários workshops (dos quais destaca Kelly Maurer, Andres Bezares, Jibz Cameron, Marcia Haufrecht) e trabalha com vários encenadores, enveredando recentemente pela realização de performances interdisciplinares, produzidas no seio do projecto BUH!

Editores: Ana Bigotte Vieira, Joana Braga, Ricardo Seiça Salgado